5  Gráfico de Pareto

O que é

  • É uma ferramenta usada na análise de fenômenos. O fenômeno pode ser um problema, uma falha, uma oportunidade ou outros tipos.

  • O gráfico ordena os fatores de forma decrescente mostrando primeiro os mais frequentes considerados vitais, e na sequência os menos frequentes considerados triviais. Ao mesmo tempo, aprensenta uma linha que mostra a proporção acumulada desses fatores. Daí surge a ideia de que 80% dos problemas são causados por 20% das causas que no gráfico estão representados na cor vermelha.

  • Foi criado pelo economista Vilfredo Pareto em 1897 que queria demonstrar a diferença na distribuição de renda da população, usando também por Lorenz em 1907. Na década de 60, foi usado por Joseph Moses Juran para classificar problemas de qualidade. Os resultados dos treinamentos e aplicação dessa e outro conjunto de ferramentas apareceram 20 anos depois quando em 1970 os produtos japoneses começaram a ser vistos como líderes em qualidade e permanecendo até os dias atuais.

Figura - Gráfico de Pareto

Qual o objetivo

  • Permitir que o gestor consiga analisar o fenômeno com mais eficiência e com perspectivas diferentes como perspectiva de volume(frequencia, quantidade), custo, efeito e causa.

  • Organizar a distribuição dos dados do maior para o menor, mostrar a proporção acumulada de forma clara e que todos consigam entender.

  • Ser uma ferramenta simples para análise de fenômenos e ao mesmo tempo robusta, confiável e reproduzível.

De onde vem

  • Necessidade de análise o fenômeno sob diversos pontos de vista. O pareto permite observar o fenômeno na perspectiva de volume, custo, causas e efeitos.

  • Evitar o vies cognitivo como a ancoragem. explica que diferente do computador que quando não queremos uma informação apenas apagamos, a informação percebida e processada no cerebro humano não pode simplesmente ser ignorada ou posta de lado. Isso significa que o julgamento e as decisões são afetadas pelos efeitos persistentes de informação que foram fornecidas e processadas anteriormente. Nesta situação, o gráfico de pareto pode ser útil para evitar raciocínios tendenciosos como vies da ancoragem, efeito de dotação, vies retrospectivo e viés de resultado.

Figura - Etapa 2 do PDCA: Análise do fenômeno

Como fazer

  • É recomendado fazer graficos de pareto para causa e para efeito. O gráfico de efeitos mostrará os efeitos é usado para identificar qual o maior problema. Já o de causa é usado para identificar quais as maiores causas.

Exemplos

-   Efeito: defeitos, falhas, gastos, atrazos ne entrega, acidentes, enganos.

-   Causa: experiência, lote, tipo, métodos, condições, equipamentos, modelos, instrumentos.
Code
library(tidyverse)
library(ggQC)

df <- tibble(type_nc = c("scratch","spots","folds","holes","rips"),
             qty = c(201,78,47,31,15),
             cost = c(4287,2423,1119,8947,1864))

df |>  
  arrange(desc(cost)) |>  
  mutate(type_nc = fct_reorder(type_nc, desc(cost))) |>  
  ggplot(aes(x = type_nc, 
             y = cost))+
  stat_pareto(point.color = "darkgray",
              point.size = 2,
              line.color = "darkgray",
              bars.fill = c("#ee3a58","#46b29e"))+
  labs(x = "Tipo não conformidade",
       y = "Custo")

Pra onde vai

  • A análise do fenômeno é a etapa 2 do ciclo PDCA sendo assim o próximo passo é a identificação da causa raiz responsável pelo efeito.

  • Em situações quem a solução para determinado problema seja de fácil tratamento, esta pode ser realizada imediatamente não sendo necessário os demais passos.

Qual o resultado

  • Clareza, facilidade e confiabilidade na análise de fenômenos.

  • Melhora a compreensão da equipe a respeito do problema que está sendo investigado com dados para dar suporte as intuições.

  • Potencializa as capacidades de análises mais profundas sobre fenômenos, evitando medidas paliativas.

Referências